Tudo pela família, nada pelo Estado

familiaO mundo ideal de um esquerdista é algo muito triste e horrível de se imaginar. Nele as crianças não nasceriam mais do relacionamento entre um homem e uma mulher – seriam sintetizados a partir do DNA de dois homens ou de duas mulheres. As famílias também não existiriam mais, pois desde o nascimento o Estado tomaria as crianças para si e cuidaria de sua criação e educação. A liberdade de expressão não seria possível, pois todo exercício de livre pensamento seria classificado como crime contra a boa ordem da sociedade. A fé religiosa seria substituída pela adoração dogmática e incondicional ao Partido, e todas as pessoas viveriam num estado constante e eterno de mediocridade, patrocinado porcamente pela única classe dominante que restou, a cúpula do Partido.

Por mais improvável e inacreditável que pareça, existem muitas pessoas que, ao lerem o parágrafo acima, terão orgasmos múltiplos só de se imaginarem vivendo em tal mundo. A subversão moral e cultural que vem sendo aplicada desde há mais de três décadas em nosso país, no maior experimento gramscista de que se tem notícia na história, tem produzido uma classe de pessoas que se destaca por uma característica única e abominável: a negação da humanidade do ser humano.

A descoberta recente de uma página do Facebook chamada Marcha Contra a Família me mostrou um pouco do que são essas pessoas que negam a nossa humanidade. A página apresenta como subtítulo a seguinte frase:

Movimento pela subversidade contra os valores tradicionais da família, contra a moral e os bons costumes

São mais de sete mil pessoas que acompanham e apoiam postagens esdrúxulas e irracionais, recheadas de ódio à mais humana e ao mesmo tempo mais divina de todas as realizações do homem, a família. A tiracolo vêm a desqualificação da moral, a apologia à baixeza, o culto à mediocridade e o desprezo por tudo o que possa ser considerado nobre, clássico, estético ou bonito. É um pequeno exemplo do grande objetivo da esquerda – destruir todas as bases sobre as quais nossa história foi construída, na tentativa insana de criar uma nova sociedade da qual a grande maioria das pessoas não gostaria de fazer parte. É uma sociedade pensada e planejada por uma minoria de psicopatas e lunáticos para escravizar uma maioria de pessoas que querem somente viver em paz.

O ataque à família é e sempre foi a prioridade máxima das doutrinas de esquerda. A identificação de seu maior inimigo tem um quê de genialidade diabólica: os esquerdistas aprenderam desde muito cedo que são poucas as forças contra as quais vale a pena lutar, e a maior delas continua sendo a família. A família reúne em si as melhores qualidades animais do homem, ao mesmo tempo que dá vazão ao que há de mais divino em cada um de nós. É pela união biológica de um homem e uma mulher que são criados novos homens e novas mulheres. E é justamente essa criação, de um ser que nasce totalmente dependente de seus pais, que excede o ser animal e adentra o ser humano. Formar uma família é plantar a imortalidade, é criar o futuro, é mudar para sempre o destino do mundo. Não se forjam grandes homens no isolamento macabro da utopia comunista, e sim no seio da família tradicional.

O deserto moral da esquerda é como qualquer outro deserto. Em terras áridas quase nada sobrevive, o que sobrevive geralmente rasteja, e a beleza é exceção. Quando o homem se priva da moralidade, quando abre mão de princípios importantes sobre os quais foram erguidos os pilares de sustentação da sociedade, o efeito é como o de um jardim privado de água: com o tempo a beleza das flores começa a desaparecer, e as plantas mais vistosas acabam por morrer; em seu lugar brotam outras, espinhosas e resistentes à falta de água. Estas irão sobreviver até que a última gota d’água seja sugada do solo seco. Quando este momento chegar, não haverá mais nenhuma vida.

Se deixarmos nossas vidas serem comandadas politicamente por psicopatas de esquerda, que é nossa realidade hoje, o processo de desertificação de nosso mundo prosseguirá de forma acelerada. O Estado quer sempre mais de nós, mais impostos, mais controle, mais servidão, mais restrições, mais leis, mais jugo, enfim, quer nos secar, nos tirar tudo. O povo brasileiro parece não perceber que a pouca água que tem disponível tem sido tirada de seus filhos para saciar a sede de corruptos e criminosos, que em troca distribuem uma porção racionada, destinada à sua morte, lenta e controlada. Tudo o que é bom, bonito e desejável tem passado ao largo do Brasil. Aqui não se produz alta cultura; aqui a honestidade é considerada idiotice; aqui não se respeitam as leis; aqui não se louva o melhor, muito pelo contrário; aqui a mediocridade é o padrão; aqui se faz tudo pelo mínimo esforço; aqui as punições são risíveis; aqui a vida deu lugar à morte.

Não há luta mais importante nesses dias em que vivemos do que a luta pela família. Se há um resgate possível de nossa sociedade, ele só virá de dentro deste núcleo tão pequeno mas tão essencial. Cientes disso, os políticos e agentes da subversão esquerdista têm focado suas energias na destruição desse núcleo. Mas eu pergunto ao leitor: desde quando deixou de ser bonito ver um pai, uma mãe e seus filhos juntos? Desde nunca! A sociedade, em sua grande maioria, continua desejando o mesmo de sempre: meninos querem casar com meninas, meninas sonham em casar com meninos, casais sonham em ter filhos, filhos sonham em ter bons pais, e assim por diante. Tudo o que a esquerda, com suas minorias sectárias, tem nas mãos é a tentativa de imposição de uma falsa realidade, que só funciona porque as pessoas têm medo de dizer o que realmente pensam. Isso não fere, absolutamente, o direito de meninos que querem ficar com meninos, ou de meninas que querem ficar com meninas. Mas estes serão sempre uma minoria biologicamente comprovada. E é graças a essa tendência biológica, de que a maioria dos meninos deseja meninas e vice-versa, é que existe humanidade, pois ainda não inventaram outra maneira de se fazer um ser humano que não seja com um óvulo de uma mulher e um espermatozóide de um homem.

Vençamos o medo de nos manifestarmos em favor da família tradicional. Não existe nada mais bonito que a chegada de um bebê, que transforma um casal em uma família. Não existe nada de errado em louvar essa instituição humana. Ninguém deveria se preocupar em ser tachado de preconceituoso somente por dizer que a família tradicional é a melhor coisa que já aconteceu ao homem. Afinal, não se pode ser preconceituoso quando se fala a verdade, e a verdade é uma só: família é tudo. Tudo pela família, nada pelo Estado.

13 comentários sobre “Tudo pela família, nada pelo Estado

  1. A culpa é nossa. Se a crença no valor da família fosse realmente consistente, a esquerda não teria a menor chance. Temos dois problemas: os que vivem em família e reconhecem o seu infinito valor, mas não tem coragem de defender publicamente esses fundamentos. Não quer passar por retrógrado, e por insensível aos “novos tempos”. Temos também os liberais hedonistas (libertarians), que são democratas, defensores da livre iniciativa, mas no terreno comportamental defendem o sexo, drogas, e o rock and roll. . Quem precisa do tal “movimento revolucionário” (que acho que é uma tolice), para destruir a Civilização Ocidental?

  2. Ótimo texto. Graças a autores como você, pessoas que acreditam nos valores ocidentais estão se sentindo mais amparadas para expor suas opiniões sem medo.

  3. Flávio Quintela, mais uma vez você foi brilhante. Esses psicopatas marxistas são infelizes, invejosos e gênios do mal, por isso disseminam o ódio, a desagregação e a violência. Esses doentes não conhecem o amor, não sabem o que é uma mãe, o que é um pai e muito menos uma família. Deus tem prazer numa família alicerçada em Seu amor e em Suas verdades e sendo assim ela se torna forte, com pessoas virtuosas que caminham respeitando os outros, sendo honestas, honradas e vencedoras. Eles querem destruir a família e nossa fé em Deus porque o projeto deles é sujo, é maquiavélico e visa a violência, a desumanidade e a morte. Flávio Quintela, vá em frente, você é um filho de Deus abençoado! Sempre compartilho de textos assim com minha família e amigos. Que Deus lhe abençoe!

  4. Não entendi muito bem os seus “saltos quânticos” quando fala de FAMÍLIA e FAMÍLIA TRADICIONAL.
    Uma coisa é lutar pela primeira,onde casais homossexuais estão incluídos,outra coisa é lutar pela segunda,onde existe uma única forma de família.

    Lutar pela família,é algo que os verdadeiros direitistas e conservadores fazem, lutar pela família tradicional, é algo que tradicionalistas ortodoxos e ultra-conservadores fazem.

    Os que lutam pela primeira opção,aceitam MUDANÇAS sem precisar causar maiores rupturas e que sejam graduais.
    Os que lutam pela segunda opção,NÃO ACEITAM mudanças,em muitos casos essas pessoas tem até ataques histéricos ao ouvirem essa palavra.

    Existem muitas diferenças em lutar por coisas que,por si só, são muito diferentes uma da outra!

    Por quê você usa tanto as palavras “minorias” e “maiorias”?
    Um verdadeiro direitista e conservador,não se importa com essas classificações COLETIVISTAS e CLASSISTAS.
    Quem na verdade respeita e luta pelo INDIVÍDUO? A esquerda? rsrs
    Claro que não!
    Esse é o objetivo que todo o direitista conservador deveria seguir,mas infelizmente,certos direitistas seguem o mesmo padrão de argumentações da esquerda,baseadas em coletivismos exatamente como “minorias” e “maiorias”.

    Se você acha que “maiorias” devem moldar as regras e leis de um país,que as “minorias” devem consentir caladas a isso?!
    Meus parabéns,você desconhece o que uma argumentação tipicamente de direita,além de não reconhecer a importância fundamental do indivíduo na sociedade.

    • Vamos por partes.

      Primeiro: o artigo defende a família tradicional, pois é ela que está sendo constantemente atacada pela esquerda, por ativistas e “filósofos” dos movimentos feministas e gayzistas. É justamente o exemplo da página mencionada no artigo.

      Segundo: não faz sentido seu questionamento sobre usar as palavras “minorias” e “maiorias”. Ora, as minorias e maiorias existem, independentemente da direita ou da esquerda. O que é condenável é o uso que a esquerda faz dessas classificações, e é sempre na direção da crítica a esse uso que eu me utilizo destas palavras. De que outra forma se pode criticar alguma coisa senão escrevendo sobre ela mesma? Eu tenho que me importar com essas classificações na medida em que elas estão sendo utilizadas para suprimir as liberdades individuais.

      Terceiro: democracia pressupõe fazer o que a maioria quer, ainda que seja uma maioria de idiotas, que elegem alguém como a Dilma para presidente. De modo algum significa o que você colocou ironicamente – ninguém é obrigado a consentir calado, justamente porque o sistema democrático dá liberdade de expressão a qualquer indivíduo. Mas é fato que a única maneira de impor a vontade de uma minoria de pessoas a uma maioria é através de um governo autoritário.

      Abraços!

      • Ou a minoria manda na maioria com um grau de convencimento acima do normal, e usando técnicas de dividir para reinar, por exemplo. Os comunistas no Brasil sempre foram minoria, mas tiveram boa estratégias ao dominar pontos e postos chave nos sindicatos, depois nos departamentos das universidades, sem se intitular comunistas. Assim criaram e dominaram um partido chamado petê e chegaram ao poder. Não se declaram comunistas, mas comportam-se como os ladroaços que realmente são.
        (Anhangüera)

      • Eu diria que a família e a “família gay” são duas entidades de natureza completamente diferentes. Não faz o menor sentido agrupa-las sob o mesmo rótulo de “família”. Se não, vejamos:

        A família existe naturalmente na espécie humana. De observar o comportamento humano, nas mais diversas culturas, notamos alguns pontos em comum:
        1. Seres humanos formam pares de macho e fêmea, com caracter afetivo e sexual. Às vezes há poligamia, mas mesmo nas sociedades onde isso é permitido, é uma situação muito menos comum que a monogamia.
        2. Esses pares são relativamente duráveis. Na maioria dos caso duram vários anos, e muitas vezes duram a vida toda.
        3. Tais pares são recebidos, geralmente, com alegria pela sociedade em que estão inseridos, e normalmente são respeitados por todos. Freqüentemente é considerado inconveniente ou condenável outras pessoas de fora tentarem “tomar” um dos conjuges para si. Em todas as sociedades é uma instituição honrada, muito antes da existência sequer do estado propriamente dito.
        4. Tais pares geram, geralmente, filhos, e a sociedade à volta considera que os progenitores tem responsabilidade e direitos especiais na educação dessas crianças.
        5. Considerando que tais características são mais ou menos comuns nas mais diversas sociedades, é razoável supor que são parte do comportamento humano natural.

        A família não é uma entidade que necessite do estado para existir. A “regulamentação” do casamento reconheceu um fenômeno social que já existia na espécie humana e, infelizmente, teve também o objetivo de subordinar a família às perfídias do estado.

        Ora, o tal “casamento gay” nunca surgiu de forma natural, nas mais diversas sociedades, mesmo aquelas que tinham pouca restrição ao comportamento homossexual. É algo absolutamente recente, que só veio a existência num contexto cultural recente, freqüentemente com motivações políticas e/ou ideológicas, e não foi aceito de forma natural por nenhuma sociedade onde surgiu. Tem sido imposto por leis com as quais a maioria das pessoas não concorda, e tem sido promovido por intensa e muito cara engenharia social. Surgiu do estado e da engenharia social, e dificilmente sobreviveria sem eles, ao contrário da família real, que existe muito antes do estado.

        São, portanto, dois fenômenos de natureza completamente diferentes. Insistir em dar o mesmo nome a eles é desinformar e confundir.

  5. Texto maravilhoso. Fiquei muito triste, entretanto, ao descobrir por ele a página no facebook: Marcha contra a família! Eu e meus filhos ficamos abismados com o que vimos. Cada dia mais difícil argumentar contra isso tudo, pois isso mesmo, parabéns pelo texto!

  6. Gostei, tomei a liberdade de republicar um de seus textos (O PROBLEMA DE EXISTIR UM PSOL em nosso blog: http://www.prosaepolitica.wordpress.com. Está convidado a nos visitar, e se gostar, pense em uma pequena parceria, trocando links para os blogs. E – quando for o caso – reproduzindo o artigo que quiser do nosso.
    Pelo Blog do Giulio Sanmartini, Anhangüera.

    • Olá Giulio. Já visitei o seu blog, e coloquei um link na minha página principal. Esse tipo de parceria é sempre bem-vinda. Abraços!

  7. Ah… COMO É BOM LER UM TEXTO MACHISTA!

    E machista com elogio — um camarada que quer o bem da sua familia, acima do Estado.

    Caro,

    O brasil (com b minusculo) se tornou o campo perfeito pra aplicação de todas as tecnicas possiveis de como se fazer pra estragar uma nação.

    Estamos mergulhados numa terceira guerra mundial fascinante — nao vemos os inimigos, nao sentimos a morte, nao pensamos e quando eles vencerem, o que falta , acredito, pouco, nem vamos perceber que perdemos.

    O unicos a lutar começam ser os pontos de resistencia que usarão a internet pra isso. Assim com eu. Assim como começo ser eu.

    Mas a questao que me assola é… será que vamos ter ”mercado” pra consumir nossos futuros esforços?

    Se eu, tratando uma pessoa comum, inteiramente dopado que mais parece um zumbi, que acredita que é livre e ainda sim consome comida de plastico todo dia e assiste Jornal Naciona jurando que aquilo é verdade… como eu vou vender a minha verdade, ainda que seja A VERDADE, para este quasi-robo humanoide?

    Eu não vou.

    O que me mantem com esperança — sempre ela — é acreditar que , SEJA LÁ DEUS PORQUE, começa a nascer mais e mais Homens com aquela coceira no coração lhes dizendo ”ei… alguma coisa esta errado neste padrao…”

    Alguma coisa. Alguma coisa.

    E assim eu posso escrever com ferver e furia o que eu acredito ser o necessario pra inflamar estes corações — rumo ao uma revolução do individuo pra sociedade pra dar uma limpa nesta pais e finalmente ele se tornar o Brasil.

    Porque, hoje, olho pro lado, e só vejo homens zumbis pasteurizados pelo sistema e pelo nazifeminismo que patrocinio o pouco valor do homem pra sociedade. Mais meninos nascendo sob a premisa que é cerrto ele demonstrar sua feminidade — forçada e fabricada — porque esta certo.

    E o auge da loucura e hiprocisia — que homens e mulheres são iguais.

    Somos MESMO?

    Não.

    Ainda de parecer que estamos lutando guerras diferentes, e sim são guerras, acredito que estamos no mesmo caminho lutando pela mesmo objetivo.

    Forte abraço.

    Alex Ferrero

  8. Achei que estivesse lendo Anthen, da Ayn Rand. O começo é igualzinho, a diferença é que no livro as pessoas se reproduziam “naturalmente”, em encontros promovidos exatamente para isso, e depois eram tiradas das mães e recebiam nomes como Liberdade2343. Não sei se tem edição em português. No original, não existe “I”, apenas “we” e “they”.

Deixe um comentário